Manchas senis, rugas, sardas, microvarizes, pêlos indesejáveis: nenhum desses pesadelos resiste à ação dos potentes feixes de luz.
Com um peeling a laser é possível eliminar pés-de-galinha e outros fatídicos sinais da passagem do tempo sem bisturi e o risco de ficar com o sorriso plastificado. O laser também promete aposentar a dolorosa depilação com cera ao destruir a raiz do pêlo com energia pura. Nas microvarizes, as aplicações do raio aquecem os vasos e coagulam o sangue, aposentando as doloridas injeções esclerosantes. Em tudo e por tudo, uma maravilha — desde que aplicado por médico treinado, numa clínica séria e em pacientes devidamente examinados e alertados para os riscos.
O peeling a laser segue o mesmo princípio do mecânico, feito com lixa, e do químico, realizado com ácidos: remove-se a camada superficial da pele, a epiderme, deixa-se o rosto em carne viva e, em cerca de um mês, ganha-se outra pele, novinha em folha. As vantagens são uma precisão muito maior e um resultado mais natural. Por ir mais fundo, o laser atua sobre as fibras, que dão elasticidade, e a produção de colágeno, que dá viço e brilho. “Ele sem dúvida melhora a qualidade da pele”, atesta o papa da cirurgia plástica, Ivo Pitanguy. “Mas não é para qualquer tipo”, adverte. Por também estimular a produção de melanina, responsável pela pigmentação, pode provocar manchas, principalmente nas pessoas morenas. “Peeling a laser é ideal para aquelas mulheres transparentes da Finlândia”, radicaliza o cirurgião plástico mineiro Alexandre Senra.
“Um pêssego” — O laser usado nos peelings é o mais potente. Outros, menos agressivos, removem tatuagens e atenuam olheiras, quebrando o pigmento em partículas pequenas, que são absorvidas pelo organismo. Mais suaves ainda são os raios usados na depilação, que destroem as raízes dos pêlos e os eliminam em até oito sessões. Esse mesmo tipo de raio, acoplado a uma pasta de grafite que absorve energia, promove uma esfoliação leve, menos radical que o peeling, mas capaz de anular pequenas rugas. “Minha pele ficou parecendo um pêssego”, comemora a empresária Mylene Fernandes, 32 anos, que se submeteu ao tratamento. Qualquer que seja o processo, é imprescindível evitar a luz solar, às vezes por um longo período. Agregada aos efeitos do laser, ela causa manchas horríveis e dificílimas de eliminar. “O sol é o maior inimigo do laser”, resume o cirurgião plástico carioca Paulo Muller.
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