Condição se caracteriza pelo acúmulo de gordura na mama, em homens, e pode ser tratada com mudança de hábitos, procedimentos estéticos ou cirurgia
A lipomastia é uma condição que acomete apenas os homens e que se caracteriza pelo acúmulo de gordura na região das mamas. Conhecida também como pseudoginecomastia, muitas vezes a lipomastia é confundida com a ginecomastia.
O problema pode atingir uma ou ambas as mamas (é raro a lipomastia acometer apenas um seio) em homens de qualquer idade, inclusive crianças e adolescentes. Apesar disso, a condição é mais comum na fase adulta, devido ao sedentarismo, envelhecimento natural e alimentação desequilibrada.
O que diferencia a lipomastia da ginecomastia?
A lipomastia tem como principal causa o aumento de peso do paciente, não tendo relação alguma com fatores hormonais. Ela pode ser causada, ainda, pelo uso excessivo de álcool ou drogas e de alguns medicamentos, bem como pela existência de doenças como diabetes, hipotireoidismo, doença renal crônica, entre outras. Na adolescência ou em crianças, pode estar relacionada com o desenvolvimento natural do corpo.
A ginecomastia, por sua vez, é causada por alterações hormonais. Por se tratar de um problema que ocorre nas glândulas mamárias, ela só pode ser tratada com medicamentos ou cirurgia.
Sintomas da lipomastia
Os sintomas também se diferenciam entre as duas condições. Enquanto na lipomastia o paciente não apresenta dor ou caroços nas mamas — já que o problema é ocasionado apenas pelo excesso de gordura —, na ginecomastia a região pode ficar inchada, endurecida e dolorida, devido aos desequilíbrios hormonais que ocorrem no corpo.
Na lipomastia, o que pode acontecer é o paciente relatar dores nas costas, principalmente se o excesso de gordura for significativo.
Como a lipomastia é diagnosticada?
Em geral, a condição é diagnosticada por um exame físico, no qual o médico faz o apalpamento das mamas para observar se alteração apresentada diz respeito a um tecido mole — característico do excesso de gordura — ou de um tecido mais rígido, endurecido.
Se for o caso, o especialista pode também solicitar exames de imagem para detectar se há crescimento das glândulas mamárias (neste caso, é diagnosticada a ginecomastia).
Como tratar a lipomastia?
Quando a lipomastia tem como causa alguma doença, como o diabetes, o tratamento da enfermidade, em geral, resolve o problema. Já crianças e adolescentes do sexo masculino afetados pela lipomastia devem ser acompanhados e reavaliados pelo médico a cada 6 meses, para ver se a condição se soluciona sozinha ou não.
A lipomastia não é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças como câncer ou outras enfermidades. Seu impacto na saúde do paciente é apenas emocional.
Muitas vezes, o homem, devido ao aumento das mamas, pode se sentir constrangido de ficar com o dorso nu — seja para praticar uma atividade física, seja em um momento íntimo.
Quando ele não se sente bem com a sua aparência, certamente este desconforto terá reflexos em sua qualidade de vida, podendo até afetar sua autoestima e levar a problemas como depressão ou isolamento social.
Em geral, a lipomastia se resolve com a perda de peso, não sendo necessário nenhum tratamento. O controle da dieta e a prática de atividades físicas (principalmente aeróbicas, como corrida) resolvem o problema, com as mamas voltando a seu tamanho normal.
Uma atenção especial deve ser dada aos exercícios de musculação, que tendem a aumentar a massa muscular, piorando o aspecto da região.
Caso o incômodo esteja passando o limite do tolerável, existem alguns procedimentos que podem ser realizados, mas vale destacar que a cirurgia é o único tratamento considerado realmente eficaz. Conheça quais os procedimentos recomendados.
Cirurgia de lipomastia
O procedimento cirúrgico é sempre a melhor opção para o tratamento da lipomastia, pois ele traz resultados mais efetivos e prolongados. A cirurgia, semelhante a uma lipoaspiração, deve ser feita em ambiente hospitalar, com a infraestrutura necessária para a segurança do paciente, e com anestesia.
O objetivo do procedimento é retirar o excesso de gordura das mamas utilizando, para isso, finas cânulas que vão sugar as células adiposas. Durante o procedimento, o médico faz pequenas incisões, de cerca de 3 milímetros, na lateral do tórax para remover o tecido adiposo. A gordura é retirada e o local volta a ter o tamanho considerado comum para as mamas masculinas.
Após o procedimento, o paciente pode sentir a região dolorida e arroxeada, mas, em geral, esses sinais costumam desaparecer em uma ou duas semanas.
Antes de optar pelo procedimento para tratar a lipomastia, o cirurgião vai avaliar se o paciente:
- Não possui uma comorbidade com risco à vida;
- Não obteve sucesso com tratamentos alternativos;
- Não apresenta patologias que afetem o processo de cicatrização.
Como vimos, a lipomastia não leva ao desenvolvimento de nenhum problema mais grave de saúde, causando, na maioria das vezes, desconforto estético. Porém, caso o aumento das mamas venha acompanhados de outros sintomas, como ondulação da pele, linfonodos aumentados nas axilas ou retração ou secreção no mamilo, o homem deve procurar um médico assim que for possível. Esses sinais podem indicar a presença de câncer de mama, que, embora raro, também atinge o público masculino.
Também é válido lembrar que ela pode voltar, após os tratamentos, caso o homem não adote um estilo de vida mais saudável que impeça o acúmulo de gordura na região.
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Fontes:
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Clínica de Cirurgia Plástica Dr. Alexandre Senra